sábado, 16 de maio de 2009

A mão invisível e onipresente do capitalismo.

O homem há muito tempo ambiciona as commodities de vários recursos naturais: metais preciosos, fontes de energia, água etc. Contudo, o maior desafio da década, frente aos problemas paralelos de abastecimento energético, está em torno do pouco auspicioso terremoto cujo epicentro visa à conciliação da tragédia trinomial ao qual o sistema submete-se a enfrentar: ambiente e social versus economia.

Ao contrário das superficiais análises midiáticas, a crise não é a quebra de bancos, de hipotecas do setor imobiliário, tampouco a falência das montadoras, mas sim um produto de especulações os quais ficam à mercê da manutenção espoliativa de juros obscenos acometidos pelos grandes investidores. Os níveis altos dos derivados de derivativos, munidos aos burocráticos sistemas de
impostos, resultam nesta selva financeira em que os seus próprios autores estão perdidos.

O problema é que esses intermediários econômicos, em vez de servir bem ao capitalismo, passaram a bem se servir deste por três ações: primeiro, escravizaram a auditoria, substituindo-a pela consultoria; depois, enterraram as empresas de avaliação de riscos com a supervalorização de suas opiniões; por fim, puseram no lixo os sistemas públicos de regulação ao passo que engajaram nas eleições, criando novas leis por intermédio de seus protegidos políticos.

Enquanto prevalecer esse maquinário político, cuja única vocação é acumular o máximo de benefícios em ínterim mínimo, a implantação de uma possível solução que respeite o meio ambiente através de um “New Deal green” será utópica. Afinal, os capitalistas sempre defenderam uma expansão exponencial sem precedentes do consumo de energia, um verdadeiro oxímoro à união econômica socioambiental.

O sistema capitalista está fadado às mais variadas contradições entre seus precursores, suas “colônias emancipadas” e os blocos econômicos aos quais pertence - pois, enquanto os interesses dos neoliberais, keynesianos ecológicos e protecionistas não convergirem, aquele continuará fraco, frágil, com pouca profundidade social e econômica - respingando futuras tsunamis financeiras de tempos em tempos.

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pessoal pela iniciativa e por olharem além da cortina de fumaça... Como disse Tupac Amaru: “Aqui não há mais cúmplice que tu e eu; tu por opressor, e eu por libertador,merecemos a morte”!

Anônimo disse...

Parabéns pela iniciativa pessoal! Muito bonito o trabalho de vocês para ajudar essa nação em caminho a beatitude plena!

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