segunda-feira, 27 de abril de 2009

O analfabetismo político em meio ao bê-á-bá da corrupção.

Nepotismo. Extorsão. Tráfico de influência. Apesar de grande parte da população brasileira não ter conhecimento do significado desses termos, estes servem apenas para exemplificar e realçar um problema que compromete seriamente o desenvolvimento do país: a corrupção.

Derivado do latim “corruptus”, o verbo corromper significa “tornar podre”. Práticas como a sonegação de impostos, pagamento de propinas (subornos) e burla de licitações públicas, estão presente de forma demasiada e desenfreada no cotidiano brasileiro, sendo muitas vezes ignoradas e até executadas por parte da população.


A corrupção tem raízes profundas e históricas na formação do Estado brasileiro. No período colonial, o nepotismo - favorecimento de parentes e amigos em relação à nomeação ou elevação de cargos) - era uma prática muito comum. Com o advento da República, os coronéis - grandes proprietários de terra - garantiam seu poder político ao impedirem que seus empregados votassem em outros candidatos e ao realizarem a compra de votos.

Atualmente, cerca de 5% do PIB nacional, que poderia ser destinado a políticas de investimento em educação, saúde e infra-estrutura, é desperdiçado através do desvio da renda pública. Além disso, práticas de extorsão (chantagem política em troca de benefícios)  e de tráfico de influência (compra e venda de sentenças judiciárias e ganho de presentes de alto valor por autoridades) são muito comuns. O analfabetismo político, ou seja, o quase total interesse da população pela esfera pública, contribui com a impunidade em relação a práticas ilícitas.

Portanto, o problema de corrupção resulta da falta de controle, de punição e cumprimento das leis. Atitudes ilegais, desde as mais simples às mais complexas, não devem ser toleradas pelo poder judiciário nem pela sociedade civil. Além disso, faz-se necessária uma relação de transparência - por meio da informação livre - entre os governos e a população, a fim de que a espoliação seja convertida em benefícios para a vida coletiva.

1 comentários:

Everton Farias disse...

É bom saber que em meio a um mundo de politicagens não coerentes, a sociedade é observada por, pelo menos, dois jovens que se demonstram ser do bem e coerentemente humanos.
Parabéns pelo blog, meus amigos.
Fiquem na paz.
Intéh.

Everton Farias.

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