Os cisnes interiores
As visões literárias e filosóficas acerca do filme "Black Swan" coincidem com àquelas constituintes do ser. Baseada nas ideias Sartreanas e Freudianas, "O Cisne Negro" revela quem de fato somos, e quem poderíamos ser. Por Milson Júnior.
O Teatro Mágico e a nova MPB
A militância pela música livre, pela pirataria saudável da informação, pelo desenvolvimento sustentável e pela batalha contra as multinacionais; enfim, pela responsabilidade social do artista são as metas da trupe. Por Karen Vital e Milson Júnior.
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A cultura do resgate
À medida que a década de 1980 foi perdida para economia, a arte vivera sua efervecência. Nos anos de 1990, contudo, ambas estavam em crise. Foi com grupos como Nação Zumbi que a crise da arte transformou-se na arte da crise. Por Karen Vital.
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A Amazônia ilegal
Floresta ombrólifa, pluvial, equatorial, tropical, hiléia ou Amazônica. As múltiplas classificações deste bioma traduzem sua importância na manutenção da biodiversidade ambiental. O constante extrativismo predador, contudo, maximiza uma ameaça crescente no pobre solo florestal. Por Karen Vital.
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sábado, 30 de maio de 2009
Dignidade morta, economia viva: as duas faces da mesma moeda.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
"Lesa-Amazônia", lesa-pátria.
Dou-lhe uma. O maior entrave dessa contradição está na evasão do Ibama em fiscalizar e multar os infratores devido ao mal preparo dos juízes, seguido do drama como os processos são arrastados. Isso porque os magistrados desconhecem as leis ambientais, compensando sua ignorância através da aplicação de outros códigos aos quais se opõem tanto ao intuito dos ambientalistas - já que em metade dos casos as armas do crime são devolvidas aos criminosos -, quanto ao postulado primaz do Direito.
Dou-lhe duas. Os membros do júri explicam à sociedade sua desculpa: há pouco tempo, não havia cursos de Direito Ambiental nas Instituições de ensino superior, tampouco era assunto exigido nos concursos públicos. Sendo assim, não basta ao País apenas ser portador de leis boas e modernas, se as regras do processo civil e penal e os representantes responsáveis pela aplicação da ordem são estritamente inócuas e arrogantes.
Dou-lhe três. Outros argumentos jurídicos utilizados na defesa dos "senhores das madeireiras" são as alegações de que o "bem" apreendido (trator, motosserra etc) é muito superior à multa cobrada, além da falta de estrutura judicial na preservação desses equipamentos, assim como serem estes os instrumentos de trabalho. Os cavalheiros da justiça falam, mas a Amazônia não ouve, posto que o desmatamento ilegal supera 80% do total - e, quando há redução, é influência direta da queda dos preços agrícolas.
Veredicto final. A ausência de especialização do judiciário em casos ambientais e a pouca responsabilidade para julgar a destinação dos bens atrapalham a punição eficaz. Afinal, a carência de um padrão unitário de decisão, o qual deveria ser formulado de cima para baixo (pela Corte Suprema), acarreta, nessa selva perene de exploração ilícita das áreas protegidas, numa depreciação do judiciário - mantendo esta sessão ainda em aberto.
sábado, 23 de maio de 2009
Trabalho infantil: problema ou solução?
A maioria dos problemas políticos, sociais e econômicos enfrentados pela sociedade contemporânea são fruto do pensamento capitalista, que estimula a produção de riqueza por pessoas que são impedidas de usufruírem-na. Pior ainda quando se fala em trabalhadores infantis, que são milhões ao redor do mundo.
domingo, 17 de maio de 2009
Brasil: ordem e progresso a que custo?
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Não há como negar que o Brasil presencia uma interminável guerra civil. De um lado, facções criminosas, (cuja imponência é alimentada pelo "narcoconsumo" das classes médias e altas da sociedade) que comandam a partir do âmbito intra-carcerário ações urbanas nefastas que disseminam o pânico entre a população; do outro, a Polícia Militar, que em contra-ataque a tais atentados e na busca pela manutenção da "ordem", age muitas vezes de forma leviana, executando sumariamente cidadãos inocentes, destruindo famílias e mutilando a esperança daqueles que almejam um futuro de paz para a nação.
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Tão difícil quanto enfrentar a dor e a revolta pela perda de parentes e amigos, é saber que a violência é proporcional à impunidade em nosso país. Pior ainda é ter a certeza de que enquanto reinar o ostracismo através de uma guerra injusta - além da falta de compromisso efetivo dos três poderes com o âmbito social e a esfera pública - o jargão da bandeira nacional deve ser vislumbrado apenas como uma utopia.
sábado, 16 de maio de 2009
A mão invisível e onipresente do capitalismo.
Ao contrário das superficiais análises midiáticas, a crise não é a quebra de bancos, de hipotecas do setor imobiliário, tampouco a falência das montadoras, mas sim um produto de especulações os quais ficam à mercê da manutenção espoliativa de juros obscenos acometidos pelos grandes investidores. Os níveis altos dos derivados de derivativos, munidos aos burocráticos sistemas de impostos, resultam nesta selva financeira em que os seus próprios autores estão perdidos.
O problema é que esses intermediários econômicos, em vez de servir bem ao capitalismo, passaram a bem se servir deste por três ações: primeiro, escravizaram a auditoria, substituindo-a pela consultoria; depois, enterraram as empresas de avaliação de riscos com a supervalorização de suas opiniões; por fim, puseram no lixo os sistemas públicos de regulação ao passo que engajaram nas eleições, criando novas leis por intermédio de seus protegidos políticos.
Enquanto prevalecer esse maquinário político, cuja única vocação é acumular o máximo de benefícios em ínterim mínimo, a implantação de uma possível solução que respeite o meio ambiente através de um “New Deal green” será utópica. Afinal, os capitalistas sempre defenderam uma expansão exponencial sem precedentes do consumo de energia, um verdadeiro oxímoro à união econômica socioambiental.
O sistema capitalista está fadado às mais variadas contradições entre seus precursores, suas “colônias emancipadas” e os blocos econômicos aos quais pertence - pois, enquanto os interesses dos neoliberais, keynesianos ecológicos e protecionistas não convergirem, aquele continuará fraco, frágil, com pouca profundidade social e econômica - respingando futuras tsunamis financeiras de tempos em tempos.